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Antes de prosseguir
nesta minha clara tentativa de motivar-te a ler esta obra, devo aqui ressaltar
que o meu convite a que conheças melhor Jesus Cristo não se resume em apenas
aceitá-lo, assim, da boca pra fora, igual como eu, que, antes da conversão
completa, também dizia tê-lo aceitado quando alguém me formulava convite
parecido. Eu conhecia Jesus assim como quem diz “Oi!” para algum conhecido, e,
muito provavelmente, este deve ser o nível de conhecimento que existe entre os
cristãos de ocasião ou simpatia e Ele. Quando formulo este convite, o que estou
pretendendo é motivar-te, primeiramente, a entrar numa igreja evangélica à tua
escolha e freqüentar os seus cultos por certo tempo de extensão a teu inteiro
critério.
Aqui,
quando falo de igreja evangélica, sinto a necessidade de deixar logo respondida
uma questão que, certamente, surgirá na mente do leitor: qual seria a igreja
evangélica ideal?
Visto que igreja
alguma salva ninguém, isto é, o fato de apenas frequentá-la nos cultos não
basta à salvação da tua alma — e é bom repetir isto muitas vezes — a
possibilidade de resposta a esta pergunta sobre a igreja ideal vai depender da
tua crença em que Deus pode dar-te a indicação daquela, não a ideal, mas a mais
adequada à tua natureza, ao teu modo de ser ou pensar. Se creres que Deus pode
ouvir-te, faze o que Jesus ensina na Bíblia: recolha-te a um recanto tranquilo
e conversa com Ele, assim como quem conversa com um amigo; e, nessa conversa,
pede a Ele que te oriente na busca de uma igreja cristã evangélica. Simples
assim. Fica ciente, no entanto, — e convém repetir — que igreja alguma pode
garantir a tua salvação amparando-se apenas no dever de frequentá-la.
Encontrarás diversas denominações e, provavelmente, entrarás em algumas delas,
porque Deus pode mesmo querer que conheças algumas para, dentre elas, indicar-te
aquela onde te sentirás melhor.
Mas, se o simples
fato de assistir aos cultos de uma igreja cristã evangélica não dá garantia
alguma de entrada no Reino de Deus, por que então os crentes as frequentam?
Vejamos:
O primeiro Mandamento de Deus é claro, conforme disse Jesus
Cristo em resposta a um fariseu que o interpelou: "E Jesus respondeu-lhe:
O primeiro de todos os mandamentos é: "Amarás,
pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo
o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro
mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a
ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes (Marcos 12: 30-31)".
Numa comparação grosseira com as coisas do mundo, e apenas
para que o leitor possa entender melhor sobre o porquê de os crentes frequentarem
um determinado espaço físico, que é o templo, para manifestarem o seu amor a
Deus, podemos comparar essa conduta com aquela adotada, por exemplo, pelo
torcedor de futebol que vai a um estádio para vibrar pelo seu time. Essa
admiração que ele tem pelo seu Flamengo, ou Vasco, ou Fluminense, etc., chega,
muitas vezes às raias da adoração: ele discute, agride e até mata por amor ao
time, e, se alguém lhe pergunta o porquê desse amor, ele, na esmagadora maioria
das vezes, não sabe responder.
Do mesmo modo acontece com artistas famosos, cujos fãs chegam a
cometer loucuras quando podem chegar perto desses seus ídolos carnais. Milhares
chegam a passar dias de privações com o objetivo de ter dinheiro para comprar o
ingresso de um show cuja duração não passa de 2 horas.
Em ambos os casos relatados acima, o adorador nada recebe em
troca dessa veneração. Ao contrário, perde tempo e dinheiro.
Já o crente, em vez de ir a um estádio ou casa de show, vai
ao templo da sua denominação religiosa para adorar Àquele que deu o próprio
Filho (Jesus) em sacrifício para que as pessoas que nEle creem tenham a chance
de ingressar no Seu Reino após a morte física. É lá no templo, participando dos
cânticos de louvor, ouvindo as preleções dos pastores, participando das
atividades da igreja e dos cursos que são oferecidos gratuitamente, tomando
conhecimento de testemunhos que narram sobre milagres e livramentos, é que o
crente progride no crescimento espiritual. Eis aí umas das razões desse
comparecimento dos crentes ao templo. Mais tarde, estimado leitor, depois
de convertido e de te tornares membro de uma congregação cristã, quando então
terás acesso à Palavra de Deus (Bíblia), verás, nas Escrituras Sagradas, a
principal razão desse dever de comparecer aos cultos.
Tendo encontrado a
congregação ideal, a tua caminhada até o pastor evangélico para aceitares Jesus
acontecerá de forma natural, sem que tenhas que te forçares a nada, e esse
encontro produzirá, em teu interior, um impacto emocional muito maior que
aquele “Oi, Jesus” da quase nenhuma intimidade. Embora eu tenha passado por
essa maravilhosa experiência, não sei como descrevê-la e lamento muito não
dispor de capacidade literária suficiente para fazê-lo, mostrando como é que
esse encontro com Jesus aconteceu. O máximo que posso dizer é que, em
comparação com aquele “oi!”, o encontro com Jesus foi, pessimamente comparando,
como um abraço encharcado de lágrimas que trocamos com um ente querido do qual
estivemos afastados por longo tempo.
Isto é pouco para explicar como foi esse encontro; mas, paciência, pelo
menos por enquanto, é o que tenho de melhor para usar como elemento de
comparação.
Todavia, caro leitor,
nada disso pode acontecer mediante apenas a leitura de um ou dois capítulos de
um livro, conforme já vimos. Para motivar-te a dar esse primeiro passo que é
dispor-se a entrar numa igreja evangélica, para, a partir daí, considerares se
vale mesmo a pena passar pela experiência de conhecer Jesus Cristo, tenho mesmo
que escrever, além de uma apresentação bem objetiva, um conteúdo distribuído
por vários capítulos, alguns deles configurando um degrau em busca de Deus, onde,
em linguagem bem clara e evitando o quanto eu puder — em algumas passagens, o
contexto poderá obrigar-me — aquelas referências bíblicas do tipo “João,
capítulo tal, versículo tal”, comuns em obras de igual natureza e que, às
vezes, atuam até como espantalho em leitores de postura anti-evangélica mais
radical, narrarei a odisseia que foi a minha peregrinação em busca de uma
verdade que fosse capaz de explicar o absurdo da vida, esse processo sem
sentido de nascer, crescer, desenvolver-se, aprender, criar e... morrer. Eu não
podia aceitar essa fatalidade assim placidamente. Alguma coisa — eu cogitava —
deve estar por detrás desse roteiro sem pé nem cabeça de nascer, crescer, criar
e morrer, sem saber sequer o que há além da morte. Foi isto, caro leitor, o
estopim que desencadeou em mim, há mais de 40 anos, essa ânsia de querer
entender o porquê da minha existência, e que me levou a percorrer diversos
caminhos, sempre com o espírito contestador questionando tudo, porque eu temia
o “acreditar-por-ter-vontade-de acreditar”. Se eu, por força daquela
inteligência espiritual, explicada pelo Dr. Alberto Cury (falarei dele no
próximo capítulo), acabasse crendo em algo, a
minha crença teria que estar fundamentada em coisas bem mais robustas que crer
apenas porque queria crer. O fato é que eu buscava a verdade espiritual de forma
equivocada, como quem busca uma verdade material qualquer, ou seja, baseando-me
nas ciências do mundo, que só vigoram dentro dos limites da materialidade,
restrito aos 5 sentidos conhecidos. Ali, naquele limitado espaço do
conhecimento humano, o máximo que eu consegui foi a convicção de que Deus
existe, mas, do caminho que pudesse me levar a Ele, eu tinha uma infinidade de
cogitações, sem ter, contudo, certeza alguma de nada. Pois bem... Aquelas
coisas robustas — e inexplicáveis dentro daquele campo científico — acabaram
acontecendo, puseram um ponto final naquela minha busca de vários anos, e me
transformaram de tal modo, que, ainda que eu não quisesse crer na Verdade que
reconheci até pelo olfato — Sim! É isto mesmo o que leste: até pelo olfato; e
saberás, mais adiante, como foi isso — isto seria impossível. |
Cap. 2: O PORQUÊ DESTA OBRA — Parte 3 de 4
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