Cap. 2: O PORQUÊ DESTA OBRA — Parte 3 de 4

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Antes de prosseguir nesta minha clara tentativa de motivar-te a ler esta obra, devo aqui ressaltar que o meu convite a que conheças melhor Jesus Cristo não se resume em apenas aceitá-lo, assim, da boca pra fora, igual como eu, que, antes da conversão completa, também dizia tê-lo aceitado quando alguém me formulava convite parecido. Eu conhecia Jesus assim como quem diz “Oi!” para algum conhecido, e, muito provavelmente, este deve ser o nível de conhecimento que existe entre os cristãos de ocasião ou simpatia e Ele. Quando formulo este convite, o que estou pretendendo é motivar-te, primeiramente, a entrar numa igreja evangélica à tua escolha e freqüentar os seus cultos por certo tempo de extensão a teu inteiro critério.
Aqui, quando falo de igreja evangélica, sinto a necessidade de deixar logo respondida uma questão que, certamente, surgirá na mente do leitor: qual seria a igreja evangélica ideal?
Visto que igreja alguma salva ninguém, isto é, o fato de apenas frequentá-la nos cultos não basta à salvação da tua alma — e é bom repetir isto muitas vezes — a possibilidade de resposta a esta pergunta sobre a igreja ideal vai depender da tua crença em que Deus pode dar-te a indicação daquela, não a ideal, mas a mais adequada à tua natureza, ao teu modo de ser ou pensar. Se creres que Deus pode ouvir-te, faze o que Jesus ensina na Bíblia: recolha-te a um recanto tranquilo e conversa com Ele, assim como quem conversa com um amigo; e, nessa conversa, pede a Ele que te oriente na busca de uma igreja cristã evangélica. Simples assim. Fica ciente, no entanto, — e convém repetir — que igreja alguma pode garantir a tua salvação amparando-se apenas no dever de frequentá-la. Encontrarás diversas denominações e, provavelmente, entrarás em algumas delas, porque Deus pode mesmo querer que conheças algumas para, dentre elas, indicar-te aquela onde te sentirás melhor.
Mas, se o simples fato de assistir aos cultos de uma igreja cristã evangélica não dá garantia alguma de entrada no Reino de Deus, por que então os crentes as frequentam? Vejamos:
         O primeiro Mandamento de Deus é claro, conforme disse Jesus Cristo em resposta a um fariseu que o interpelou: "E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes (Marcos 12: 30-31)".
         Numa comparação grosseira com as coisas do mundo, e apenas para que o leitor possa entender melhor sobre o porquê de os crentes frequentarem um determinado espaço físico, que é o templo, para manifestarem o seu amor a Deus, podemos comparar essa conduta com aquela adotada, por exemplo, pelo torcedor de futebol que vai a um estádio para vibrar pelo seu time. Essa admiração que ele tem pelo seu Flamengo, ou Vasco, ou Fluminense, etc., chega, muitas vezes às raias da adoração: ele discute, agride e até mata por amor ao time, e, se alguém lhe pergunta o porquê desse amor, ele, na esmagadora maioria das vezes, não sabe responder.
        Do mesmo modo acontece com artistas famosos, cujos fãs chegam a cometer loucuras quando podem chegar perto desses seus ídolos carnais. Milhares chegam a passar dias de privações com o objetivo de ter dinheiro para comprar o ingresso de um show cuja duração não passa de 2 horas.
        Em ambos os casos relatados acima, o adorador nada recebe em troca dessa veneração. Ao contrário, perde tempo e dinheiro.
         Já o crente, em vez de ir a um estádio ou casa de show, vai ao templo da sua denominação religiosa para adorar Àquele que deu o próprio Filho (Jesus) em sacrifício para que as pessoas que nEle creem tenham a chance de ingressar no Seu Reino após a morte física. É lá no templo, participando dos cânticos de louvor, ouvindo as preleções dos pastores, participando das atividades da igreja e dos cursos que são oferecidos gratuitamente, tomando conhecimento de testemunhos que narram sobre milagres e livramentos, é que o crente progride no crescimento espiritual. Eis aí umas das razões desse comparecimento dos crentes ao templo. Mais tarde, estimado leitor, depois de convertido e de te tornares membro de uma congregação cristã, quando então terás acesso à Palavra de Deus (Bíblia), verás, nas Escrituras Sagradas, a principal razão desse dever de comparecer aos cultos.
Tendo encontrado a congregação ideal, a tua caminhada até o pastor evangélico para aceitares Jesus acontecerá de forma natural, sem que tenhas que te forçares a nada, e esse encontro produzirá, em teu interior, um impacto emocional muito maior que aquele “Oi, Jesus” da quase nenhuma intimidade. Embora eu tenha passado por essa maravilhosa experiência, não sei como descrevê-la e lamento muito não dispor de capacidade literária suficiente para fazê-lo, mostrando como é que esse encontro com Jesus aconteceu. O máximo que posso dizer é que, em comparação com aquele “oi!”, o encontro com Jesus foi, pessimamente comparando, como um abraço encharcado de lágrimas que trocamos com um ente querido do qual estivemos afastados por longo tempo.  Isto é pouco para explicar como foi esse encontro; mas, paciência, pelo menos por enquanto, é o que tenho de melhor para usar como elemento de comparação.
Todavia, caro leitor, nada disso pode acontecer mediante apenas a leitura de um ou dois capítulos de um livro, conforme já vimos. Para motivar-te a dar esse primeiro passo que é dispor-se a entrar numa igreja evangélica, para, a partir daí, considerares se vale mesmo a pena passar pela experiência de conhecer Jesus Cristo, tenho mesmo que escrever, além de uma apresentação bem objetiva, um conteúdo distribuído por vários capítulos, alguns deles configurando um degrau em busca de Deus, onde, em linguagem bem clara e evitando o quanto eu puder — em algumas passagens, o contexto poderá obrigar-me — aquelas referências bíblicas do tipo “João, capítulo tal, versículo tal”, comuns em obras de igual natureza e que, às vezes, atuam até como espantalho em leitores de postura anti-evangélica mais radical, narrarei a odisseia que foi a minha peregrinação em busca de uma verdade que fosse capaz de explicar o absurdo da vida, esse processo sem sentido de nascer, crescer, desenvolver-se, aprender, criar e... morrer. Eu não podia aceitar essa fatalidade assim placidamente. Alguma coisa — eu cogitava — deve estar por detrás desse roteiro sem pé nem cabeça de nascer, crescer, criar e morrer, sem saber sequer o que há além da morte. Foi isto, caro leitor, o estopim que desencadeou em mim, há mais de 40 anos, essa ânsia de querer entender o porquê da minha existência, e que me levou a percorrer diversos caminhos, sempre com o espírito contestador questionando tudo, porque eu temia o “acreditar-por-ter-vontade-de acreditar”. Se eu, por força daquela inteligência espiritual, explicada pelo Dr. Alberto Cury (falarei dele no próximo capítulo), acabasse crendo em algo, a minha crença teria que estar fundamentada em coisas bem mais robustas que crer apenas porque queria crer. O fato é que eu buscava a verdade espiritual de forma equivocada, como quem busca uma verdade material qualquer, ou seja, baseando-me nas ciências do mundo, que só vigoram dentro dos limites da materialidade, restrito aos 5 sentidos conhecidos. Ali, naquele limitado espaço do conhecimento humano, o máximo que eu consegui foi a convicção de que Deus existe, mas, do caminho que pudesse me levar a Ele, eu tinha uma infinidade de cogitações, sem ter, contudo, certeza alguma de nada. Pois bem... Aquelas coisas robustas — e inexplicáveis dentro daquele campo científico — acabaram acontecendo, puseram um ponto final naquela minha busca de vários anos, e me transformaram de tal modo, que, ainda que eu não quisesse crer na Verdade que reconheci até pelo olfato — Sim! É isto mesmo o que leste: até pelo olfato; e saberás, mais adiante, como foi isso — isto seria impossível.

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